04/10/2018 - 17:56 | última atualização em 04/10/2018 - 19:15

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Às vésperas de plebiscito, OAB/RJ debate uso de animais de tração

redação da Tribuna do Advogado

          Foto: Lula Aparício |   Clique para ampliar
 
Clara Passi
A Comissão de Proteção e Defesa dos Direitos dos Animais da OAB/RJ encampou a campanha pela liberdade dos equinos em Petrópolis e dedicou a manhã desta quinta-feira, dia 4, dia de São Francisco de Assis, o protetor dos animais, à discussão sobre o assunto num evento na sede da entidade.
 
No domingo, dia 7, além de votar nas eleições majoritárias, a população da cidade serrana decidirá, por meio de um plebiscito, se continuará a permitir o uso de animais de tração. Caso o voto 2, pelo “não”, vença, isso significará a extinção das tradicionais charretes e sua substituição por outras formas de transporte que respeitem os animais.
 
Foto: Lula Aparício |   Clique para ampliar
Conduzido pelo presidente da CPDA, Reynaldo Velloso, o painel teve participação da secretária-geral da Subseção de Petrópolis, Adriana Paixão (o núcleo dos advogados da cidade imperial se colocou como parceiro da CPDA nessa causa), da juíza do Juizado Especial Criminal de Niterói Rosana Navega, que recebe casos de maus-tratos; do mestre em Direito Ambiental Francisco Carrera e dos ativistas Elizabeth McGregor (diretora do Fórum Animal), Sylvia Mibielli (de Paquetá) e Domingos Neto (de Petrópolis).
 
Foto: Lula Aparício |   Clique para ampliar
"A OAB de Petrópolis é contra todo tipo de maus-tratos e de exploração", disse Paixão, destacando o anacronismo do uso das charretes na zona urbana moderna. Ela contou ainda que a Subseção pediu uma reunião com a prefeitura da cidade para falar sobre alternativas de ocupação para os 13 charreteiros que atuam na cidade e relatou que recebeu denúncias contra um desses trabalhadores, que vem agindo de forma truculenta contra ativistas.
 
McGregor reafirmou o compromisso que o Fórum Animal assumiu de receber os animais oriundos da tração animal no santuário ecológico mantido pela ONG, que oferecerá também acompanhamento com uma equipe técnica de veterinários. “Com isso, cai por terra o discurso furado de que os animais não terão para onde ir”, frisou Velloso.
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