17/11/2016 - 11:28 | última atualização em 17/11/2016 - 11:27

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Após invasão, deputados dizem que Parlamento precisa dar respostas

site R7

A invasão do plenário por manifestantes na tarde desta quarta-feira, dia 16, repercutiu imediatamente na Comissão da Câmara que discute propostas da Reforma Política. Ao serem informados do episódio, os deputados lamentaram que o Parlamento já não é mais respeitado e disseram que eles precisam dar "respostas" à sociedade, se reafirmando como figuras eleitas para legislar em nome da população.
 
O deputado Betinho Gomes (PSD/-PE) criticou a invasão, mas disse que os parlamentares precisavam fazer mea-culpa da falta de sintonia com a sociedade. Em seu discurso, o tucano disse que o Congresso precisa agir para minorar as demandas sociais.
 
"É algo extremamente preocupante o que assistimos hoje. Não respeitar a instituição Parlamento é tão grave quanto invadir o Judiciário."
 
O presidente da comissão, deputado Lúcio Vieira Lima (PMDB/BA), se insurgiu contra "interferências externas" nas discussões da Casa e defendeu que os parlamentares precisam se afirmar, uma vez que foram eleitos para legislar.
 
"Estamos vendo nos últimos momentos agora todo mundo dando conselho aos parlamentares de quando é o momento para que ele [deputado] possa discutir, possa para votar, qual o tema deve ser abordado. Nós temos legitimidade para tal".
 
Vieira Lima insistiu que a Casa vem abrindo mão de suas prerrogativas, "vendo outros Poderes legislar em nosso lugar", o que seria fruto da vergonha dos parlamentares.
 
"Não abro mão das minhas prerrogativas como deputado para examinar o tema que eu achar necessário, na hora em que eu achar conveniente. Democracia é isso".
 
Nesta semana, membros do MPF (Ministério Público Federal) e da PF (Polícia Federal) fizeram sugestões de mudanças na redação do pacote anticorrupção e o relator Onyx Lorenzoni (DEM/RS) retirou um dos itens incluídos no parecer. A alteração de última hora provocou críticas entre os deputados.
 
O deputado Edio Lopes (PR/RR) defendeu uma "revisão geral" e aproveitou para atacar a regra que diz que um juiz ou membro do Ministério Público que não produz ou atente contra a ética será apenas punido com aposentadoria.
 
"Não podemos conviver com isso. Como não posso conviver com a Ordem dos Advogados do Brasil, que é primeira a apontar o dedo na ferida alheia, que não pune seus membros porque perdem prazo, porque participam de coisas que em outros segmentos, inclusive o nosso, seríamos sumariamente deletados do mundo político".
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