05/04/2018 - 15:01 | última atualização em 06/04/2018 - 12:22

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Advogados de Campo Grande apresentam demandas a corregedor do TJ

redação da Tribuna do Advogado

         Foto: Lula Aparício  |   Clique para ampliar
 
 
Eduardo Sarmento
A advocacia de Campo Grande compareceu em peso à reunião organizada pelo presidente da subseção, Mauro Pereira, com o corregedor-geral da Justiça, desembargador Claudio de Mello Tavares. O encontro foi realizado na tarde desta quarta-feira, dia 4, no Fórum Regional de Campo Grande. "Agradecemos a presença do corregedor. Há tempos estamos com problemas na prestação jurisdicional em nossa região, especialmente nos juizados especiais cíveis", disse Pereira à reportagem da Tribuna.
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O presidente da subseção destacou a importância da Zona Oeste e lembrou que, por ser em grande parte uma área carente, as demandas muitas vezes diferem das de outras regiões da cidade. "Se somarmos Campo Grande, Bangu e Santa Cruz, temos cerca de 1,1 milhão de habitantes e mais de oito mil advogados. A maior parte de nossos colegas militam nos juizados, não é razoável que as concessionárias tenham prioridade e, menos ainda, esperar três meses para a expedição de um mandado de pagamento", criticou.

Entre as demandas apresentadas, o retorno das varas criminais a Campo Grande, mais agilidade na expedição de mandados de pagamento e melhorias na atuação dos juízes leigos, que, segundo o relato de colegas, "mantêm um contato excessivo com os representantes das concessionárias". Uma das advogadas presentes reclamou, também, da extinção de processos de forma indiscriminada. "Uma ação minha, em causa própria, foi extinta por falta de procuração, o que é um absurdo. Muitas vezes atendemos clientes com menos recursos, que vivem em áreas ocupadas, onde não há comprovante de residência oficial, e o juízo não aceita nenhum tipo de declaração, nem da associação de moradores", explicou.

Acompanhado dos juízes auxiliares Leonardo Grandmasson , Luiz de Mello Serra e Luiz Eduardo Canabarro, Mello Tavares elogiou a troca com a advocacia. "Não há diferença entre advogado, promotor e juiz. Todos somos indispensáveis na administração da Justiça. Todos os resultados que conseguimos até agora foram através do diálogo. Essas visitas são muito produtivas na medida em que passamos a nos conhecer e eu posso ver de perto os problemas de cada região, de cada comarca e tentar, efetivamente, resolvê-los".

Em resposta aos pedidos dos advogados, Mello Serra explicou que os mandados de pagamentos eletrônicos deveriam resolver os problemas de agilidade e afirmou que vai pedir uma verificação em relação ao tema. Sobre a falta de funcionários nos cartórios citada por alguns colegas, o corregedor explicou que o tribunal vem fazendo uma reformulação e que, apenas em 2017, 400 serventuários se aposentaram, aumentando ainda mais o déficit. 

Grandmasson afirmou que o TJ vai observar a questão dos juízes leigos com maior atenção e informou que será feita uma inspeção nos juizados de Campo Grande. "Estamos ouvindo, vamos buscar as informações e trataremos em breve de uma solução", disse.

A organização do encontro teve a participação do desembargador Lucio Durante, também compondo a mesa. Participaram, ainda, os presidentes das subseções de Santa Cruz, Paulo dos Santos, e de São Gonçalo, Eliano Enzo, além do vice-presidente da OAB/Campo Grande, Sidney Barroso.
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