01/04/2015 - 18:43 | última atualização em 06/04/2015 - 12:11

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Acessibilidade atitudinal é tema de palestra na Seccional

redação da Tribuna do Advogado

A Comissão OAB Mulher da Seccional realizou na terça-feira, dia 31, a palestra gratuita A acessibilidade atitudinal como chave para um Brasil mais igualitário, com a advogada integrante da OAB Mulher e militante da causa das pessoas com deficiência Deborah Prates. A mesa de abertura foi composta pela presidente da comissão, Rosa Maria Fonseca; pela presidente da OAB Mulher da 32ª Subseção, Maria de Lourdes Pereira da Silva; e pela superintendente de Políticas Intersetoriais do estado do Rio de Janeiro, Ciomara Santos, que representou a subsecretária de Políticas para a Mulher e presidente do Conselho Estadual dos Direitos da Mulher, Marisa Chaves.
 
Deborah Prates iniciou a palestra cumprimentando os presentes falando ora ao microfone, ora fora dele, apresentando assim um exercício de acessibilidade atitudinal. “É bastante importante que as pessoas não estejam apenas integradas. Existe uma diferença entre integrar e incluir. Os deficientes podem estar integrados em um ambiente, mas não incluídos. É preciso inclusão”, explicou a advogada.
 
Ela esclareceu que o exercício de falar fora do microfone ajuda a mostrar que o tema envolve toda a sociedade. “Acessibilidade não diz respeito apenas às pessoas com deficiência. Claro, essas pessoas estão em situações menos favorecidas em diversos aspectos. Mas uma cidade acessível, por exemplo, tem que ser acessível para todos. É importante desvincular o conceito de acessibilidade de uma política apenas para pessoas com deficiência. Acessibilidade não é apenas o piso tátil, a rampa; é principalmente a acessibilidade atitudinal, que é a mudança dos nossos maus hábitos, muitas vezes arraigados há séculos”, disse ela. 
 
A ideia de acesso é frequentemente associada a questões físicas e arquitetônicas, como a construção de rampas de acesso e de banheiros adaptados às necessidades de pessoas com deficiência. Mas um dos aspectos essenciais, segundo definiu Deborah, é aquele que envolve a mudança de comportamento das pessoas em relação ao tema. Em síntese, a acessibilidade atitudinal é a dimensão que busca eliminar preconceitos, estigmas, estereótipos ou discriminações em relação às necessidades das pessoas em geral – e por isso mesmo, está articulada a todos os outros tipos de acessibilidade.
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