14/08/2013 - 13:18 | última atualização em 15/08/2013 - 13:02

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Abertura da OABExpo traz reflexões sobre futuro da advocacia

redação da Tribuna do Advogado

Teve início nesta quarta-feira, dia 14, a segunda edição da OAB Expo, o maior evento jurídico do Rio de Janeiro, que oferece gratuitamente uma série de palestras, além de ter uma área de estandes com produtos ligados à advocacia. As atividades vão até sexta-feira, dia 16, no 4º andar da sede da OAB/RJ. Cerca de 150 pessoas assistiram a abertura oficial do evento, feita pelos presidentes da Seccional, Felipe Santa Cruz, e da Caarj, Marcello Oliveira.
 
No discurso inicial, o presidente da OAB/RJ falou em dois aspectos centrais da vida do advogado e da Ordem: a participação institucional junto à sociedade e a atuação no cotidiano da profissão. "A Ordem tem se fortalecido muito, em especial esse ano, no aspecto institucional. A sociedade sabe que pode contar conosco. Em todos os momentos mantendo-se dentro do campo democrático, a entidade tem atuado de forma serena nesse campo institucional", afirmou Felipe.
 
Que advocacia é essa que vai nascer? Que advocacia queremos? É isso que precisamos debater, a Ordem que queremos e a advocacia que temos que construir
Felipe Santa Cruz
presidente da OAB/RJ
 
Ele falou também do futuro da advocacia. "Outro ponto que temos que discutir é o futuro da nossa profissão. O maior desafio hoje é o processo digital, na minha forma de ver, para aqueles que advogam no contencioso. A imagem clássica do advogado em frente à máquina de escrever é histórica, mas agora temos uma nova Justiça, que não sabemos exatamente como se organizará”, ponderou ele, que aproveitou o momento para anunciar a realização da próxima Conferência Nacional dos Advogados no Rio de Janeiro, em 2014. "Que advocacia é essa que vai nascer? Que advocacia queremos? É isso que precisamos debater, a Ordem que queremos e a advocacia que temos que construir".
 
Felipe criticou, ainda, os problemas técnicos da implantação do processo digital, e usou termos duros para definir a forma através da qual a entidade deve atuar para exigir melhorias na prestação jurisdicional. "Devemos enfrentar esses problemas até mesmo com certa violência, quando somos agredidos. A Ordem do Rio de Janeiro é a que mais investiu em inclusão digital no Brasil. Qualificamos 30 mil advogados somente no curso de peticionamento eletrônico. Somos a única Seccional que distribuiu o token gratuitamente, antecipando a demanda que surgiu agora no TJ. Espalhamos centrais de inclusão digital, reformamos as salas", listou.
 
O presidente da Seccional ressaltou que apesar da atuação da Ordem ser limitada, por não ser responsável pela administração do Poder Judiciário, a entidade vem buscando formas de pressionar os tribunais para realizar melhorias como, por exemplo, o abaixo-assinado solicitando que a Justiça aceite petições em papel enquanto durar a transição para o processo eletrônico.
 
"Durante essa semana inteira o sistema ficou fora do ar, tanto no TJ quanto no TRT. As pessoas não conseguem peticionar. Não posso dizer para os colegas que esperem isso acabar para voltarem a ganhar dinheiro, para voltarem a viver. O cliente liga todos os dias, e as contas chegam todo mês. Por isso disponibilizamos em nosso site um abaixo-assinado, propondo uma solução: que o TJ e o TRT adotem, neste momento de transição, o mesmo modelo da JF, que aceita concomitância entre papel e meio digital", defendeu.
 
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