04/11/2013 - 11:06 | última atualização em 05/11/2013 - 10:17

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Abaixo-assinado por petições em papel será entregue ao TST hoje

redação da Tribuna do Advogado

Com 22 mil adesões, o abaixo-assinado organizado pela OAB/RJ solicitando que o Tribunal Regional do Trabalho (TRT) aceite a entrega de petições também em papel, enquanto o sistema do processo eletrônico não funcionar a contento, será entregue pelo presidente da Seccional, Felipe Santa Cruz, à direção do Tribunal Superior do Trabalho (TST) nesta terça-feira, dia 5. O encontro com o presidente da corte, ministro Carlos Alberto Reis de Paula, será realizado em Brasília.
 
Já gritamos, marchamos, treinamos, assinamos, oramos, aguardamos e nada é resolvido", reclama Felipe.
Felipe Santa Cruz
presidente da OAB/RJ
A medida visa a pressionar o Judiciário pela melhora no atendimento e por providências em relação ao Processo Judicial eletrônico na Justiça do Trabalho (PJe-JT), que se tornou um entrave para a atuação profissional dos advogados. "Não é possível suportar o que vem ocorrendo na Justiça Trabalhista do Rio de Janeiro desde o começo do ano. Já gritamos, marchamos, treinamos, assinamos, oramos, aguardamos e nada é resolvido", reclama Felipe. 
 
Após um breve período de estabilidade em setembro, o PJe-JT voltou a ser um tormento na vida dos advogados. Segundo o relatório de indisponibilidade exibido no site do próprio TRT, o sistema saiu do ar todos os dias entre 1 e 18 de outubro, voltando a apresentar problemas nos dias 22 e 23. "Retornamos à estaca zero. Depois de pouquíssimo tempo de normalidade a Justiça offline assombra a classe novamente", afirma Felipe.
 
O presidente da Comissão de Justiça do Trabalho (CJT) da Seccional, Marcus Vinicius Cordeiro, convocou uma reunião de emergência no último dia 23 para tratar do tema. Segundo ele, as reclamações não param de chegar. "Nós nos encontramos para fazer uma avaliação definitiva. O sistema não se sustenta, é intermitente e não tem um nível de funcionamento minimamente aceitável", critica.
 
Experiente no tema, a diretora de Inclusão Digital da OAB/RJ, Ana Amelia Menna Barreto, considera crônicos os problemas com o PJe-JT. Ela concorda com Marcus Vinicius em relação ao desfecho possível para a matéria. "Definitivamente, temos que voltar ao papel. Os advogados do Rio de Janeiro continuam sendo cobaias e vítimas", conclui.
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